segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

A presidente Dilma é uma farsa

Eu já acreditei na Dilma. E me arrependo muito por isso. Acreditei na figura dela, na sua fama de revolucionária, da sua luta pela liberdade, do seu sofrimento de torturada, da sua competência de “gerente”. Acreditei que ela pudesse de fato ter um “coração valente” (aliás lema “roubado” da campanha de 2006 da Senadora Heloisa Helena), forte graças à sua atuação a esquerda do poder. Mas eu estava terrivelmente enganado e iludido.
Quando a Dilma surgiu, a complacência do Lula poderia receber um contraponto com sua postura moralizadora. A presidente parecia ser e soar como alguém confiável, que apesar de ser do PT (para os que não são simpatizantes ou militantes) representava uma voz e uma corrente da esquerda “moderna”. Chegamos a acreditar nas suas boas intenções e na sua suposta competência.
Porém com o passar dos anos fomos percebendo que a figura de Dilma (“mãe” do PAC, hahaha) é muito mais uma criação de marketing do que realidade. Foi ficando cada vez mais clara a sua perfeita fidelidade ao partido e a sua total traição a causa, que era a melhoria da sociedade brasileira. Foi ficando mais explicita sua forma equivocada de exercer o poder. Suas comprovadas omissões na compra da refinaria de Passadena foram o início do fim, fim para mim da figura mítica de Dilma e o extermínio completo da figura messiânica de Lula. Qualquer pessoa que já desempenhou ou tem conhecimento da atuação de um executivo numa empresa sabe que dadas as funções que desempenhou, seria impossível que não tivesse conhecimento do que se passava na Petrobrás. E levando-se em conta toda sua postura e comportamento de absolvição diante de seus “companheiros” comprovadamente pegos por corrupção, chegamos à conclusão que ela aprova que “os fins justificam os meios”, o que em se tratando de seu partido, significa explicitamente que ela concorda que a corrupção se fez necessária para que o PT e ela se mantivessem no poder.
Em suma: a presidente Dilma é uma farsa tão grande quanto a do Lula.


P.S.: Usar como argumento palavras como “ditadura” ou “direita” estão plenamente desqualificadas para se defender ou usar como cortina de fumaça para encobrir o malfeito. Partido que defende Venezuela como democracia mostra explicitamente o que pretende. Portanto por gentileza, ao se debater qualquer assunto, seja honesto com seus princípios.

Pelo Impeachment de Dilma Roussef

Não defendo intervenção militar, não acho que os militares sejam ou estejam preparados para governar uma nação, pois a função das forças armadas é outra. Portanto, não me alinho com a direita obscurantista de Bolsonaros e Felicianos. O que tira da minha manifestação a pecha de querer a volta da ditadura, ladainha utilizada como defesa dos “militantes”, para se defender da sujeira grudada em seu partido. E eles nem esfregando as manchas estão.
Não sou omisso diante do que está acontecendo no meu país. Os fatos dos últimos dias me fizeram ter certeza de que só a pressão popular pode salvar o Brasil de mais um assalto — agora, às instituições, como o STF.A minha decepção com a presidente Dilma é muito profunda, porque eu acreditava que uma mulher que combateu a ditadura, foi torturada, parecia ter firmeza de propósitos. Porém diante de suas declarações e postura com relação ao “Petrolão” nos mostram que a imagem dela é muito mais mítica do que real. A presidente está sendo desonesta ao não assumir seus erros, leniência e incompetência e não há passado que sustente o que lhe restava de respeito junto a brasileiros minimamente informados. O que ela e seu partido fazem é ficar criando uma espécie de cortina de fumaça para que os cidadãos mais pobres e menos informados se confundam. E isso é vergonhoso, baixo e sujo.

Não dá mais para ela. Porque é de responsabilidade que trata o impeachment. E ela é sim responsável por toda essa bandalheira e assalto aos cofres públicos. Quem decide se ela tem ou não condições de governar este país são “vossas excelências” nossos digníssimos congressistas. E o parlamento se deixa influenciar muito pelo barulho que vem das ruas. E é na rua que estarei no dia 15 de março. Pelo meu país, meu estado e minha cidade natal.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Impeachment da presidente Dilma

O PT, que nasceu do meio das classes sociais dos pobres, operários, comunidades, não pode sair dos trilhos da esquerda. Um governo, seja ele qual for, eleito pelo Partido dos Trabalhadores e por outros partidos de esquerda, especialmente no caso da reeleição da presidenta Dilma no segundo turno, não pode, em hipótese alguma, jogar o peso da crise econômica –criada sobretudo por ganância de especuladores financeiros– nas costas do povo pobre e trabalhador.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Postura de Ministro da Justiça é críticada

Ministro da Justiça recebeu advogados defensores dos réus na operação Lava Jato da empresa Odebrech, mas não registrou esse encontro na agenda oficial no site do Ministério. Descoberto pela imprensa atribuiu o fato a uma falha no sistema de registros. Por conta disso foi duramente criticado por Joaquim Barbosa que chegou a pedir sua demissão em sua conta do Twiter.
Em sua defesa o Ministro diz que é prerrogativa de um Ministro da Justiça receber advogados e que isso não configura nenhuma irregularidade. Ocorre que perguntado sob o teor exato da audiência o Ministro disse não poder revelar pelo fato de ter que zelar pelo sigilo legal das informações. Ainda evocou o estado de direito e que as críticas são maldosas. Além de evocar a já também tradicional ladainha de autoritarismo e ditadura. Dentro do PT Cardozo tem apelido de “Pelicano – o mais tucano dos petistas”. E é bom que se saiba que Cardozo foi o redator do código de ética do PT.
O fato é um Ministro da Justiça deveria ocupar um papel muito mais influente do que ocupa diante da crise política que o atual Ministro ocupa, parece muito isolado e com pouco apoio político. E o fato de não estar sendo importante parece dizer muito mais sobre seu partido do que sobre ele próprio.


domingo, 15 de fevereiro de 2015

'Vocês eram escravos', diz mulher a homem negro no metrô de Londres



Uma discussão possivelmente racista ocorrida no metrô de Londres foi registada em vídeo e publicada no YouTube. Apesar de a publicação ser de março de 2014, o assunto chamou a atenção da imprensa britânica nos últimos dias, quando a Polícia Britânica do Transporte afirmou que está investigando o incidente, de acordo com o "Daily Mail".No vídeo, uma mulher branca e um homem negro discutem.

O homem acusa a mulher de racismo, pois ela teria dito "não toque em mim" quando ele acidentalmente esbarrou em seu ombro.A mulher afirma que não é racista e que tem vários amigos negros. Mas, em determinado momento, afirma: "Desde que você se comporte como um ser humano, eu não tenho problema com isso. Você tem um problema porque vocês costumavam ser escravos".A frase provocou uma comoção no vagão e vários passageiros se manifestaram, pedindo para ela se calar. O incidente ocorreu na linha de metrô Jubilee e o vídeo já teve quase 400 mil visualizações.
"Temos conhecimento de um vídeo postado online que aparentemente mostra uma briga a bordo da linha de metrô Jubilee. Oficiais estão atualmente analisando o vídeo e apelam para que a pessoa que gravou se manifeste", afirmou um porta-voz da polícia, de acordo com o "Daily Mail".

O trem do Impeachment

A nova defesa do indefensável agora é chamar de “golpe” ou querer rotular de direita quem quer o fim dessa bandalheira. E vira briguinha de colégio ao invés de querer limpar o partido da própria sujeira, expurgar as maças podres do seu cesto, fica apontando o dedo pros outros. Mas eu não caio nessa não meu irmão, não quero exército, quero é justiça. Aqui todo mundo sabe que em política ninguém vale um ovo, não adianta acusar os outros para se eximir da culpa. Se a Petrobrás tinha corrupção antes era dever do PT acabar com ela. Eles não são o Partido dos Trabalhadores? Defensores dos fracos e oprimidos? São nada!  A máscara caiu! Porque golpe mesmo foram as primeiras ações do novo governo que contradisseram tudo o que foi dito na campanha. O trem do Impeachment já saiu da estação e nas paradas estão cheias de gente querendo subir nele. O Congresso já começou a discutir o assunto. Agora ninguém segura mais esse trem!

Ventos que erram de direção

“Um dia me disseram que os ventos às vezes erram a direção”
(Engenheiros do Hawaii)

A rebeldia sempre fez parte do meu conjunto de ideias, mas a minha rebeldia não é aquela para fazer “graça” pros outros (*bad boy), mas aquela escolha por ideologia mesmo. Gosto do lado bom de ser do contra, da alternativa ao comum, mas não do “lado negro da força”, aquele da agressividade ou violência, mas o da reação contra algo que nos oprime e que nos reduz a qualidade de escravo de um sistema.
Por isso sempre gostei daquele lado utópico das teorias políticas, da possiblidade do mundo ser menos hostil e monstruoso para ser mais igualitário e justo, caras como Darcy Ribeiro, Fernando Gabeira, os irmãos Villas Boas me empolgavam e ideais como os de Oscar Niemeyer sempre me inspiraram. Enfim no Brasil já tivermos muita gente boa denominada como esquerda que contribuíram com seus esforços na construção de um país melhor e com menos desigualdades. E o PT nasceu desse anseio, surgiu no meio dos operários oprimidos pela indústria que só os viam como engrenagens de fábrica. Mas o PT é um partido e não uma causa e por isso foi cada vez se partindo ainda mais, se afundando, se rachando minado por dentro de suas facções e divergências, muito mais preocupadas com o poder do que com a chama de mudar um país para sempre, e não apenas por 4 anos ou por quanto estiver com o poder nas mãos.
A minha rebeldia não está mais em sintonia, e talvez nunca tenha estado, com esse tipo de gente, com o líder de um partido que deveria ser muito mais uma causa do que uma máquina eleitoral, e que se vendeu cinicamente ao poder e a governabilidade subindo em palanques com Sarney, Collor e Renan Calheiros e traindo a todos que sempre acreditaram que devemos ser fiéis as nossas convicções, valores e princípios. O PT ampliou o bolsa-família, reduziu desigualdades com esse programa e outros tantos que realmente deram assistência as classes sociais menos favorecidas. Mas esse lado da causa, do fazer bem a sociedade e de modificá-la para sempre, é muito menor que o do partido, aquele que só se preocupa com a usurpação do poder. Isso ficou claro com o “Mensalão” e agora com o “Petrolão”.
A formação do atual ministério foi pra mim o ponto final desse partido, a presidente Dilma disse em seu discurso de posse que o lema de seu atual governo seria “Pátria Educadora” e daí ela coloca CID GOMES como ministro da educação? Escolhido não pelo seu reconhecimento na área de educação, mas porque foi definido devido ao loteamento de cargos que existe. Para mim chega, é muito deboche. O povo, que é a massa, não é massa de modelar não!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Castelo de Cartas: Eduardo Cunha, o rei de ouros.

A atual presidente do Brasil, Dilma Rousseff, tem um “mandato fraco” porque a oposição contra ela é muito maior do que as outras enfrentadas por si e pelos outros dois mandatos do ex-presidente Lula. Isso com certeza terá graves consequências ao seu exercício do poder. Mesmo sendo um partido aliado, o PMDB pode não apoiar todos os seus projetos. Eduardo Cunha, atual presidente da Câmara, encarna seu maior algoz. Cunha agora é o membro mais proeminente da chamada bancada evangélica, fiel da igreja Sara Nossa Terra, tem 56 anos, é carioca, economista, radialista e ferrenho opositor da união civil de pessoas do mesmo sexo e o aborto.
Eduardo Cunha se agigantou e atualmente é um dos homens mais poderosos da nação. Seus aliados ocupam muitos cargos chave na administração federal. Controla o “blocão”, grupo superior a 250 parlamentares insatisfeitos com o governo criado para atazanar Dilma em troca de vantagens. Nos bastidores se sabe que ele é um lobista profissional e representa grandes gigantes de vários setores da economia brasileira.

A política brasileira se tornou um castelo de cartas e um intricado jogo está sendo jogado bem longe dos nossos olhos, nos escaninhos do poder, mas que apesar de ser secreto não é indestrutível e nem a prova de traições. Pelo contrário! 

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Afinal, que país é este?

"Que país é este?". Essa pergunta já estava na obra de Machado de Assis(Em que tempo estamos? Que país é este?). E antes mesmo de Renato Russo eternizar a frase Que país é este? em suas canções, Affonso Romano de Sant’Anna publicava poemas de mesmo nome nas páginas de política de jornais nacionais. Seu poema diz:

Uma coisa é um país
outra um fingimento

Uma coisa é um país
 outra um fingimento.

Uma coisa é um país,
outra um monumento.

Uma coisa é um país,
outra o aviltamento.

Há 500 anos caçamos índios e operários,
Há 500 anos queimamos árvores e hereges...
Há 500 anos somos pretos de alma branca,
não somos nada violentos,
quem espera sempre alcança
e quem não chora não mama
ou quem tem padrinho vivo
não morre nunca pagão


O poema é uma clara crítica a sabedoria popular e aos slogans que tem que ser reformados no inconsciente coletivo para que o país avance no progresso de sua consciência e de sua identidade.

Impeachment

Nestes tempos duríssimos em que vivemos, em que Brasília nos manda, COMO SEMPRE, diariamente notícias tristes, desalentadoras, indecentes, e nos deixa questionando pilares básicos da democracia, é preciso muita força para suportar com tristeza a destruição da nossa estabilidade econômica.Menos de 20 anos atrás, o Brasil expulsou da Presidência um político corrupto. Aquela figura asquerosa renunciou, antes que fosse derrubada por um processo de impeachment no Congresso. Mas ele se elegeu de novo, e, senador, segue com o total apoio da presidente da República. Estes dias eu assisti ao Filme "Nixon/Frost" que fala sobre uma famosa entrevista com o ex-presidente americano. Richard Milhous Nixon que renunciou, antes que fosse derrubado por um processo de impeachment no Congresso. Ao contrário do que acontece aqui, no entanto, jamais voltou a ter qualquer poder; não foi candidato a nada; passou para a História como o único presidente americano a renunciar, em mais de 200 anos consecutivos de democracia.Mas não podemos esperar a mesma decência de Dilma Roussef, o "mar de lama" que um dia levou Getúlio Vargas ao suicídio é muito mais profundo e sujo e nem mesmo assim o PT admite sua culpa, pelo contrário nada e se lambuza cada vez mais nessa lama podre.