Seria tão bom se, no carnaval todos brincassem num clima
sadio, de legitima confraternização, de diversão e prática do conceito “a minha
liberdade termina onde começa a do outro”. Então o que deveria ser símbolo da
liberdade, da igualdade, acaba se transformando em bagunça estimulado pelo
álcool que leva as pessoas a se comportarem fora de seus padrões normais. E
isso se deve ao fato que no Brasil o carnaval é a festa dos sentidos físicos, onde
as pessoas em sua maioria para extravasar seus recalques, traumas, carências, violências
e taras esquecendo-se de seus escrúpulos, do pudor, e até mesmo aqueles que
possuem certo grau de consciência, acabam confundindo-se com a multidão de alienados,
cujo o único objetivo é divertir a própria carne. Não vivemos mais em tempos de
permitir que as nossas emoções fiquem desgovernadas, e essa festa acaba por
representar a essência atual do nosso país, que é a falta de preocupação com o
futuro, ausência de regramentos, do caos e o desrespeito e desprezo às
convenções éticas.
Carnaval não ensina nada a ninguém, e as autoridades que
governam as cidades e o país, estão mais preocupadas com a conquista de
eleitores para os iludir, do que interessadas na sua educação. Ficam lá em seus
camarotes se divertindo com o comportamento das massas subdesenvolvidas e
primitivas que só pensam em se divertir e mais nada. De cada dez casais que
caem juntos na folia, sete terminam a noite brigados (cenas de ciúme, intrigas,
etc.); de cada dez pessoas (homens e mulheres) no carnaval, pelo menos sete se
submetem a coisas que abominam no seu dia-a-dia, como o álcool e outras drogas.
O carnaval é um vestígio da barbárie e do primitivismo do ser humano e não
representa nada de bom na evolução de ninguém.
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