terça-feira, 21 de setembro de 2010

A gente não tem cara de panaca

É!
A gente não tem cara de panaca
A gente não tem jeito de babaca
A gente não está
Com a bunda exposta na janela
Prá passar a mão nela...
(Gozanguinha)

O poder sempre esteve baseado no controle, na mordaça e na alienação. As pessoas são tratadas como massa, como se nossa opinião fosse facilmente manipulada. Acontece que o atual cenário que vivemos favorece a autonomia do pensamento, a organização de correntes que lutam contra o que não consideramos o melhor para nós. A ética nunca foi um valor tão importante em nossa vida como está sendo agora.
É notável, mesmo para os mais distraídos, que no nosso país temos instituições fortes. E nós somos parte dela, através do que é chamado de opinião púbica, dessa força invisível que é capaz de mudar o que parece ser sólido e impossível de ser mudado. Nenhuma unanimidade é boa, sempre será preciso pluralidade e debate para que a democracia nesse país avance.
Infelizmente o Brasil era tão miserável e tão desigual que bastou que migalhas de pão fossem dadas ao povo para que ele se satisfizesse. O país merece mais do que isso, merece mudanças mais profundas, merece mais ética e menos demagogia.
A mudança que está ocorrendo na nossa mente e no nosso comportamento logo chegará ao poder, ainda somos minoria, nós que procuramos pautar o voto e nossas decisões refletindo e analisando o contexto político e atuação dos mandatários que escolhemos. Mais um dia seremos maioria.Os governos já sentem a nossa pressão em seus ombros e ela será cada vez mais crescente.Até um dia que a nossa participação e a nossa opinião seja respeitada e sejam as únicas guias dos nossos representantes.
Política não é só uma troca de favores, um meio de se conseguir vantagens, um instrumento para defesa apenas dos próprios interesses, política é o que mais importante existe na vida em sociedade.
Pense nisso quando for votar.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Cofres públicos

Está com ele à senha do cofre, de todo o dinheiro arrecadado com os impostos, embutidos em cada produto, taxa ou serviço. A água que bebemos pagamos, o ar ainda não. E assim com a chancela do poder e com as chaves na mão, será dele a responsabilidade de gerir a receita e criar gastos públicos legítimos de acordo com o interesse da sociedade que o elegeu. O documento que autoriza estas despesas, o orçamento, explicita exatamente o que será feito com o nosso dinheiro recolhido. E está,mais uma vez, com ele esse poder, ao mesmo tempo nobre e árduo, de decidir onde é que esses recursos serão alocados.É dele, outra vez, a responsabilidade de colocar em prática não só as promessas que fez em campanha, mas em marcha as políticas publicas necessárias. Porque além das chaves na mão, pesa sobre seus ombros a obrigação de criar leis que melhorem a vida das pessoas.
Vote neles!

P.S.: Vote neles quem?

Reputação ilibada

Contra sua excelência o candidato, nada consta. Sua ficha é limpa, limpeza total, mais ainda, sua honra é imaculada, puríssima mesmo, afinal seus interesses sempre foram os mais nobres possíveis, todos o respeitam por sua postura inteiramente séria e pela sua critica sempre arguta.
A reputação ilibada do nobre parlamentar é como um atestado de idoneidade, podemos confiar, afinal em seus atos nada se encontra de suspeito, ele é um exemplo de honestidade, não tem inclinação para a corrupção ou para o favorecimento ilícito de ratazanas que venham querer se infiltrar em seus propósitos de integridade absoluta.
Dessa maneira sua candidatura é merecedora de nosso voto, não só o eleitoral, mas o de confiança, será ele o nosso representante autêntico e de direito, aquele que falará e decidirá por nós através de suas votações e de seus atos públicos perfeitos. Sim é ele, o candidato legitimamente que será pelas urnas eleito, aquele que será a nossa arma ideológica contra qualquer ignorância e força bruta.
Vote nele!

P.S.: Vote nele quem?

sábado, 4 de setembro de 2010

Vossas excelências!

O Brasil possui em sua câmara de deputados 513 congressistas eleitos pelo nosso voto direto e que exercem seus cargos por quatro anos. O número de cadeiras por estado é distribuído conforme o número de habitantes por Estado, de acordo com a medição oficial feita pelo IBGE, através do Censo. Entretanto, essa proporcionalidade é limitada a um mínimo de oito deputados e a um máximo de setenta deputados por estado.Assim o maior estado da nação, São Paulo, com cerca de 41 milhões de habitantes elege uma bancada de 70 deputados federais.Minas Gerais com cerca de 19,8 milhões de habitantes elege 53 deputados federais, Rio de Janeiro com 15,8 milhões elege 46, Bahia com 14,5 milhões elege 39 e Rio Grande do sul com 10,8 milhões elege  31 Deputados Federais.Essas as bancadas de Deputados Federais dos cinco maiores estados brasileiros.
A eleição dos Deputados Estaduais ocorre sempre no mesmo pleito que o dos Federais e exercem suas legislaturas nas Assembléias Estaduais também por quatro anos.Segundo o Art. 27 da Constituição Federal São Paulo por ser o estado mais populoso tem o limite de Deputados Estaduais que são 94. Minas Gerais tem 79, Rio de Janeiro 68, Bahia 64 e Rio Grande do Sul tem 54.
O senado Federal Brasileiro possui 81 senadores, eleitos para mandatos de oito anos, sendo que são renovados em uma eleição um terço e na eleição subseqüente dois terços das cadeiras. As eleições para senador são feitas junto com as eleições para presidente da república, governador de estado, deputados federal e estadual. Cada estado elege 3 senadores  da Republica de forma que todas as 27 unidades da Federação (26 estados e o Distrito Federal) possuem a mesma representatividade.
É possível consultar toda a trajetória política, os financiamentos de campanha, bens declarados de mais de 2,4 mil parlamentares no site:
O custo dos nossos parlamentares é alto e temos que intensificar a cobrança em cima deles pelos serviços prestados. Temos que nos mobilizar pelo aperfeiçoamento da democracia, pela aprovação da reforma política que torna possível a eleição distrital e eliminação de distorções como o Quociente eleitoral.
Já conseguimos o Ficha Limpa e vamos conseguir muito mais! Acredite, estamos de olho!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O que é voto de protesto?

A insatisfação com a conduta e falta de ética dos políticos no país acabou gerando um voto chamado “voto de protesto”. Talvez para expressar desagrado e até mesmo ironizar esses tristes fatos com o bom humor que é característico do brasileiro.Não é de hoje que esquemas de corrupção, escândalos e favorecimentos são descobertos expondo a imoralidade dos nossos governantes e legisladores.
O voto de protesto é aquele voto que eleitores insatisfeitos usam como arma do seu descontentamento e muitos decidem assim anular o voto ou votar em candidatados considerados excêntricos ou de algum modo folclóricos, como forma de manifestar sua indignação com o sistema eleitoral vigente, ou com as opções de candidatos apresentadas pelos partidos. Foi assim quando o rinoceronte Cacareco (em São Paulo) e o macaco Tião (no Rio de Janeiro), tiveram expressivas votações.Seus votos foram considerados nulos, mas essa foi a primeira prova da desmoralização da organização política do país.
Em 2002 o candidato Enéas Carneiro, que recebeu um milhão e seiscentos mil votos, sendo o deputado federal mais votado no Estado de São Paulo, foi identificado como símbolo do voto de protesto daquela eleição. As pessoas não votaram nele por sua plataforma política, mas por causa da sua maneira engraçada e eficaz de falar rápido em quinze segundos. Piada nacional.
Na eleição seguinte, em 2006, o estilista e apresentador de TV Clodovil, foi eleito deputado também com votação recorde. Clodovil sempre foi um personagem muito explorado no anedotário e por imitações dos mais variados comediantes desse país. Mais uma piada nacional.
Nada contra ninguém, evocando Voltaire:“Não concordo com uma única palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o vosso direito de dizê-la." Mas tudo contra os oportunistas que identificaram no eleitorado brasileiro essa tendência do voto de protesto e querem transformá-la em avacalhação. No sistema eleitoral brasileiro, que adota o quociente eleitoral (QE), os candidatos eleitos nem sempre são os mais votados do pleito,e muitos desses candidatos folclóricos não passam de “puxadores de votos” que podem alçar a vitoria personagens célebres do mensalão, como Valdemar da Costa Neto.
O maior protesto do eleitor brasileiro não é escolher palhaços, ex-bbb´s, mulheres frutas ou qualquer oportunista, o verdadeiro voto de protesto é renovar e melhorar nossos representantes tirando do jogo esses políticos inescrupulosos e metidos a espertalhões como se o povo brasileiro fosse sempre um povo idiota.

E seremos nós que vamos rir da cara deles!

Do que um voto é capaz?

Temos o poder nas mãos durante alguns segundos, durante aqueles em que apertamos os botões e votamos nos candidatados que escolhemos para nos representar. Se escolhermos um político que é ficha suja ou comprovadamente inábil para exercer o cargo, estamos escolhendo alguém corrupto e inútil para nos representar, ou seja, como se nós mesmos admitíssemos que também somos desonestos e desnecessários.O político é o nosso representante nas câmaras, assembléias, congressos e palácios.Ele é uma espécie de espelho daquilo que você deseja para si e para toda a sociedade.
Sãos os políticos que vão administrar o dinheiro dos impostos que são recolhidos do dinheiro que você ganha com seu trabalho. Se você votar em pessoas que são comprovadamente desonestas com certeza elas vão roubar ou facilitar para outras pessoas roubarem o seu dinheiro.Precisamos desenvolver uma consciência de respeito ao que é público nesse país, a termos respeito e carinho ao dinheiro e espaços públicos, como se eles fossem uma extensão das nossas casas e das nossas vidas.Uma praça também é nossa casa, assim como uma rua ou uma escola.Não jogaríamos sujeira no chão e nem depredaríamos nossas casas.Assim devemos fazer com os espaços públicos, extensões dos nossos lares, assim devemos pensar a respeito do dinheiro publico, extensão das nossas finanças.
A grande maioria da classe política desse país jamais teve a educação como prioridade, sabe porquê? Porque a educação tira a subserviência, a submissão e a ignorância do povo. Se a população tiver um alto nível de educação poucos políticos tradicionais, aventureiros e populistas seriam eleitos.Povo educado sabe reivindicar, sabe escolher, sabe se mobilizar para que toda a sociedade e não apenas alguns grupos, sejam beneficiados pela melhor distribuição de renda.Povo educado não interessa aos políticos no poder.
Um cidadão brasileiro tem o dever de gostar de política porque é através dela que tudo nesse país e decidido. Aqui é o país do futebol, mas também é o da política. Aqui tivemos Pelé, mas também Juscelino Kubistchek, Garrincha, mas também Tancredo Neves, Rivelino e também Ulisses Guimarães. Quem diz que não gosta de política só favorece aos populistas, aos aventureiros e corruptos, elas querem mesmo que os brasileiros só gostem de futebol.  
Por isso na se esqueça, os políticos que temos são imagem e semelhança do povo que somos.