Por que alguém se droga? Penso ser essa uma pergunta fundamental para se tomar uma posição diante do assunto. E é fato que a resposta não será uníssona, já que cada pessoa que lança mão de sua sobriedade para buscar estados alterados de consciência terá um motivo. Porém é possível se estabelecer um paradoxo comum a esses indivíduos. Estão querendo fugir da realidade, seja utilizando a droga de maneira recreativa, para se divertir ou para “relaxar”, ou de forma compulsiva e continuada.
Droga pra mim é veneno e eu jamais aceitaria defender sua liberação, e sinto-me moralmente agredido quando vejo pessoas defendendo liberar seu consumo. O vício é algo traiçoeiro que no começo agrada e depois aprisiona as pessoas, por isso pra mim droga é um triste capitulo da degradação humana e que com um punhado de evolução e educação, todos nós podemos adquirir uma sólida convicção de que a vida pode ser dominada de modo realista. O próprio argumento de se tratar os viciados como doentes e não como criminosos,serve para mostrar que não se deve estimular nas pessoas que elas fiquem doentes, mas incitar uma conscientização cada vez maior para a importância de ter uma vida saudável.Os jovens são os maiores consumidores de drogas porque na fase que se encontram há um desejo e uma necessidade de rebeldia, afirmação e busca por emoções e adrenalina.Para buscar novas emoções muito melhor seria praticar esportes, convencionais ou radicais e ter contato com a natureza, é muito mais saudável, basta educar um jovem e ele buscará caminhos melhores.
Droga é qualquer substância que, introduzida no organismo, modifica alguma função. Além de acarretar dependência, provoca desvios da conduta, e é usada tanto pelo seu efeito como para neutralizar os fenômenos desagradáveis da abstinência. Segundo a OMS, tóxico, em grego tókson, quer dizer 'arco', 'flecha', 'arco e flecha'; e a forma adjetiva toksikós, 'relativo a arco, flecha, arco e flecha'. Assim, toksikón phármacon é 'veneno para flecha'. Curiosamente, o significado de phármacon estendeu-se a toksikón; e quando o poeta grego Ovídio fala em toxicum, quer dizer 'veneno para flecha'. Já para outros pensadores gregos como Horácio e Columela, a palavra já tem sentido mais amplo: quer dizer veneno em geral.
Estudando a história do uso de drogas na sociedade percebemos que sua liberalização é muito mais um retrocesso do que um avanço a civilização. O ópio foi por muito tempo cultivado livremente por camponeses, por volta do século XVI, como fonte de alívio de sua triste realidade sofredora. Na mesma época, os espanhóis utilizavam as drogas alucinógenas como uma forma de autocastigo, pois para este povo, Droga significava "Demônios". O uso do ópio era incentivado na guerra civil americana (1776) para fornecer alívio à dolorosa vida dos soldados. 1960 foi o auge do LSD (a era dos ácidos), muitos psiquiatras receitavam impiedosamente o consumo deste tipo de droga. Em 1970 proliferação da cocaína e seus derivados, entre eles o "crack", e mais recentemente aparecendo o ecstasy, mais popular entre as classes média e alta.O fenômeno da geração Beat, a contracultura e o movimento hippie criaram sobre as drogas uma aura de resistência e um símbolo de liberdade, através da música e da maneira de se vestir.Porém os grupos de rock, as drogas e o sexo tornaram-se uma grande industria lucrativa.Perderam seu caráter de protesto.A humanidade ingressou na década de 80 imersa numa grande crise de valores que permanece até hoje.
Mesmo liberada a droga sempre vai custar dinheiro e por custar dinheiro e se tornar objeto de necessidade de um viciado, caso ele não tenha dinheiro para comprar a droga, não se incomodará em roubar, seja da própria família, seja de amigos. E muitas mulheres podem até se prostituir quando pressionadas por essas situações.Mesmo liberada muita gente vai se drogar e matar pessoas sobre o efeito de drogas, isso não vai mudar.
Por todos esses motivos, e mesmo concordando que a discussão do assunto seja benéfica, acredito muito mais na educação, na prevenção e no tratamento do que na sua liberação. O estado tem que ao mesmo tempo educar e proteger as pessoas, dito isso, uma política restritiva e não liberal de drogas é o que defendo.
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