O princípio fundamental da democracia é que todo poder emana do povo e em seu nome é exercido, porém desde a época em que o Brasil era uma colônia de Portugal, quando uma corte corrupta e inábil governava esse país, que a política praticada em nosso território é dominada por escândalos, desvios e gente mal intencionada que objetiva o poder apenas para benefícios próprios ou de sua camarilha. Raros são os exemplos de gente honesta que eleita pensa sinceramente no interesse público e na construção de uma sociedade mais justa. Mas se eles existem é porque ainda resta em nossa sociedade esperança, esperança de que a política ainda seja um instrumento capaz de promover a justiça e o bem estar social de maneira plena.
Segundo o filosofo Rouseau, o progresso da civilização criou a divisão do trabalho e da propriedade, fazendo surgir ricos e pobres, poderosos e fracos. Assim, a sociedade política surgiu como um mal necessário, para servir de intermediária e manter a ordem evitando o recrudescimento das desigualdades. Em nosso país vemos nossos representantes aumentando seus salários ao teto máximo do funcionalismo público (no caso dos congressistas) e por conseqüência, ao patamar mais elevado possível em todas outras casas legislativas, enquanto o salário mínimo é sempre ajustado pelo mínimo necessário. Ao invés de promover um reajuste de seus vencimentos de maneira justa e compatível com a realidade econômica do país, a classe política opta pela continuidade da sua desmoralização, da cada vez mais flagrante perda de sua legitimidade como intermediários entre o povo e o Estado. E a grita, as manifestações de repúdio, os reclames da população também são mínimos, são na mesma proporção da consideração dispensada por aqueles que elegemos.
Eu fico indignado porque como cidadão de uma sociedade democrática, sei que o interesse coletivo será sempre maior do que qualquer interesse particular.
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