(Engenheiros do Havaí)
MORO de Curitiba, MURO de Brasília. MORO dá orgulho, MURO da
vergonha. MORO é justiça, MURO é para o impeachment. O muro de Brasília
simboliza o que nos divide. E não é a riqueza contra a pobreza ou diferença de
opinião. A lavagem cerebral da foice e do martelo é o motivo dessa cisão. Dividiram
o Brasil como se ainda houvessem duas Alemanhas ou para festejar a existência das
duas Coreias. Domingo Brasília será Berlin, para você e para mim. Another Brick
in the wall? Além da Dilma, teremos que derrubar Mao Tse Tung, Marx, Lenin e
Stalin?
A esquerda da direita precisa protestar e a direita da esquerda
também tem que se manifestar. Chega de luta de classes, vamos dar comprimidos de
Prozac aos opressores e geladeiras, TV de tela plana e ventiladores para os
oprimidos. Afinal o Brasil se tornou quase um paraíso tropical graças a esse
governo social, pedalada fiscal para não faltar o sagrado bolsa-família dos descamisados
dessa nação! “Hay de endurecer pero sin perder la ternura jamas”. A única coisa
que Che Guevara ensinou as pessoas que o seguem, segundo sua frase mais famosa,
foi endurecer a cabeça, no sentido da teimosia e da cegueira ideológica. E para
quem acredita na ternura de Che não conhece seu “el paredon” onde ele se
deleitava com as milhares de execuções dos contrários ao regime, onde até
mulheres grávidas foram fuziladas nesse paredão comandado por ele. E nada disso
consta nas biografias escritas por aqueles que utilizam o próprio Fidel Castro
como fonte. Seria como falar de Hitler usando apenas os relatos de Goebbels. As
cartas estão embaralhadas. A rainha de copas já caiu e o rei de ouros e o rei
de paus também vão cair.
Por isso, menos MURO e mais MORO.
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