sexta-feira, 15 de abril de 2016

MORO de Curitiba, MURO de Brasília

Então erguemos muros que nos dão a garantia/De que morreremos cheios de uma vida tão vazia
(Engenheiros do Havaí)

MORO de Curitiba, MURO de Brasília. MORO dá orgulho, MURO da vergonha. MORO é justiça, MURO é para o impeachment. O muro de Brasília simboliza o que nos divide. E não é a riqueza contra a pobreza ou diferença de opinião. A lavagem cerebral da foice e do martelo é o motivo dessa cisão. Dividiram o Brasil como se ainda houvessem duas Alemanhas ou para festejar a existência das duas Coreias. Domingo Brasília será Berlin, para você e para mim. Another Brick in the wall? Além da Dilma, teremos que derrubar Mao Tse Tung, Marx, Lenin e Stalin?
A esquerda da direita precisa protestar e a direita da esquerda também tem que se manifestar. Chega de luta de classes, vamos dar comprimidos de Prozac aos opressores e geladeiras, TV de tela plana e ventiladores para os oprimidos. Afinal o Brasil se tornou quase um paraíso tropical graças a esse governo social, pedalada fiscal para não faltar o sagrado bolsa-família dos descamisados dessa nação! “Hay de endurecer pero sin perder la ternura jamas”. A única coisa que Che Guevara ensinou as pessoas que o seguem, segundo sua frase mais famosa, foi endurecer a cabeça, no sentido da teimosia e da cegueira ideológica. E para quem acredita na ternura de Che não conhece seu “el paredon” onde ele se deleitava com as milhares de execuções dos contrários ao regime, onde até mulheres grávidas foram fuziladas nesse paredão comandado por ele. E nada disso consta nas biografias escritas por aqueles que utilizam o próprio Fidel Castro como fonte. Seria como falar de Hitler usando apenas os relatos de Goebbels. As cartas estão embaralhadas. A rainha de copas já caiu e o rei de ouros e o rei de paus também vão cair.

Por isso, menos MURO e mais MORO.

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