Reina entre nós um falso clima de paz, fulano de tal te abraça e te aperta à mão, mas é virar as costas que ele te esculhamba. Vivemos num ninho de cobras, num covil de cães, é tudo junto e misturado, mas as pessoas me dão essa impressão que estão sempre com inveja, inseguras, e mentindo ou representando, que estamos mesmo é cercados de preconceitos por todos os lados, preconceitos sociais, como os contra negros, contra nordestinos ou contra pobres e o ódio e a intolerância contra os homossexuais. Há até mesmo entre nossos pequenos o Bullying, crianças que criam apelidos para humilhar os colegas, há os adultos que sadicamente expõe ao ridículo as pessoas consideradas “diferentes” lhe dando apelidos pejorativos e vexatórios. Já foi assim com aqueles que nasceram com necessidades especiais e que antes eram chamados de “mongol” ou “aleijados”, mas que graças a uma profunda mudança cultural hoje são tratados com carinho e respeito.
Sempre existiram discriminações de ordem física com as pessoas que são mais gordas, muito brancas, mais baixas, muito magras, mais altas, mais velhas, mais novas, enfim todas aquelas que não preenchem os requisitos para serem consideradas “normais” ou dentro do “estereótipo perfeito”. Não se vê pessoas brancas, ricas e de olhos azuis sofrendo preconceito, se vê? A natureza humana é de se fazer distinção, há em nossos instintos mais básicos o prazer obtido com o sadismo da humilhação.
Na Europa a xenofobia e a intolerância religiosa têm chegado a níveis absurdos o que já nos permite assustadoramente afirmar que o surgimento de um novo Adolf Hitler entre eles já é uma possibilidade muito real. O dinheiro dos turistas estrangeiros eles querem, mas o “peso” social e conviver com a diferença, eles tem asco, horror e nojo. Uma limpeza étnica na Europa pare ser infelizmente uma questão de tempo. Em tempos de guerra isso era aberto, porém em tempos de paz ainda é velado, embora quase que já uma política de estado, como na França, outrora considerada uma nação liberal, mas que já tomou várias medidas intolerantes com a proibição dos véus das muçulmanas nas escolas públicas.
As pessoas têm muita dificuldade de conviver com a pluralidade de comportamentos, por isso discriminam tudo aquilo que foge do “padrão”, do que aprenderam ser a única maneira “correta” de ser, do que é “certo”, do que é “normal”, por isso, por exemplo, discriminam-se quem não se casa ao tempo “certo”, quem não tem filhos quando “deveria”, chama de gay homem que é sensível e de lésbica mulher que é mais durona. Para aqueles que têm um pingo de vergonha na cara a discriminação e o preconceito são silenciosos, estão nos olhares de reprovação, nas conversas de pé do ouvido, por debaixo dos panos, ou a portas fechadas. Embora preconceituosas elas têm vergonha de si mesmas e preferem se esconder.
Mas há aqueles que ostentam abertamente o seu preconceito com as pessoas que por algum motivo tem alguma característica física, orientação sexual, cor da pele ou mesmo que não tiveram as mesmas oportunidades que as suas e que ao invés de ser objeto de escárnio deveriam ser tratadas com respeito. Recentemente no Brasil no distrito federal um grupo de jovens queimou vivo um índio Pataxó , no Rio outro grupo apedrejou uma doméstica que esperava seu ônibus e em São Paulo quebraram lâmpadas na cabeça de um grupo de homossexuais.Pra nos salvar um pouco, ainda bem que há ao nosso favor que somos uma nação em que as pessoas se misturam, a miscigenação que existe entre nós desde o tempo que os senhores de engenho se aproveitavam das mucamas na casa grande ou na senzala.
No mundo os negros foram escravizados de maneira bruta e desumana, Hitler exterminou os judeus , houve uma limpeza étnica na Bósnia e um genocídio em Ruanda, nos Estados Unidos linchamento de negros e o incêndio de cruzes pela Ku Klux Klan, pintura de suásticas em frente a sinagogas e crime de ódio" contra latinos.
Enfim, o passado ainda nos condena, embora eu tenha esperança que o futuro algum dia nos absolva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário