segunda-feira, 23 de maio de 2011

Primavera espanhola


O levante popular contra as tiranias no mundo árabe, mais conhecido como “primavera árabe” já desembarcou na terra de Miguel de Cervantes.Na Espanha milhares de jovens vãos as ruas e acampam nas praças protestando contra o governo, em Madrid numa praça conhecida como Puerta del Sol, as manifestações são iniciativa de jovens espanhóis, que reclamam do alto desemprego em sua faixa etária, de uma geração que não aceita que o mundo seja um cassino e que nós sejamos as fichas.
A Espanha é o S da sigla PIGS, que é um acrônimo pejorativo originalmente usado na imprensa de língua inglesa, sobretudo britânica, para designar o conjunto das economias de Portugal, Itália, Grécia e Espanha. Que para eles, os países ricos, são os “porcos”, são os pobres do clube dos ricos que agora revoltosos gritam e lutam por melhores condições de vida. O movimento de protesto, auto-intitulado "apartidário, laico e pacífico", iniciou-se no Facebook e reivindica melhorias nas condições de trabalho, principalmente para jovens qualificados. O movimento ficou conhecido como 15m(devido ao dia que os protestos começaram, 15 de maio. Uma volta dos ideais jovens de querer construir um mundo digno e justo para se viver.
Dentre um dos entusiastas deste movimento temos, José Luis Sampedro , um economista espanhol que defende uma economia mais humana, mais solidária e capaz de contribuir para o desenvolvimento e dignidade dos povos. Critica a decadência moral e social do Ocidente, do neoliberalismo, bem como as brutalidades do capitalismo selvagem.Ele acredita que esses movimentos populares são o fomento de uma possível alternativa ao capitalismo que começa a ruir nas economias mais ricas do planeta.
Os jovens nas ruas parecem estar representando uma nova mentalidade que começa a de desgarrar da manipulação, é o surgimento da verdadeira opinião publica, e não a continuidade da opinião midiática, que comprometidos com o poder econômico nunca expressam de maneira verdadeira uma opinião isenta. Para aqueles que acreditam na velha política é preciso se atualizar.

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